CRÉDITO - Valor das casas para os bancos cai pela segunda vez este ano
O valor mediano de avaliação bancária de casas para efeitos de concessão de crédito habitação caiu pela segunda vez este ano, tendo-se fixado, em Outubro, em 1.420 euros por metro quadrado (euros/m2), nove euros (-0,6%) abaixo do mês de Setembro, mas 13,5% acima do período homólogo (1.251 euros/m2). O mesmo cenário verificou-se em Agosto, mês em que o valor que os bancos atribuem às casas baixou pela primeira vez desde Março de 2020. Em causa estão dados divulgados na passada Terça-feira (29 de Novembro de 2022) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o gabinete nacional de estatísticas, o maior aumento face ao mês anterior registou-se na Região Autónoma da Madeira (2,2%), tendo a única descida ocorrido no Norte (-0,2%). “Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações cresceu 13,5%, registando-se a variação mais intensa no Algarve (18,8%) e a menor no Norte (10,7%)”, indica.
Numa análise por regiões, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa (AML), o Alentejo Litoral e a Região Autónoma da Madeira apresentaram, em Outubro, valores de avaliação 40,0%, 33,8%, 13,3% e 0,8%, respectivamente, superiores à mediana do país. Já a região do Alto Tâmega foi a que registou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-47,0%).
A avaliação da casa por parte dos bancos é um dos pontos essenciais a cumprir no processo de compra de um imóvel com recurso a crédito habitação. Neste artigo, explicamos tudo sobre o processo relacionado com a avaliação da casa, bem como o porquê da sua importância na obtenção de um empréstimo.
Apartamentos valem menos 0,6% para os bancos que em setembro
No caso concreto dos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária foi de 1.581 euros/m2, tendo aumentado 14,2% relativamente a Outubro de 2021.
“Os valores mais elevados foram observados no Algarve (1.967 euros/m2) e na AML (1.878 euros/m2), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (1.033 euros/m2). A Região Autónoma dos Açores apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (22,3%), tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado o menor (9,7%)”, revela o INE.
Na variação em cadeia, ou seja, face ao mês anterior, o valor da avaliação bancária desceu 0,6%, tendo a maior subida ocorrido na Região Autónoma da Madeira (2,9%) e a maior descida no Norte (-1,1%).
- O valor mediano dos T2 diminuiu 8 euros, para 1.599 euros/m2;
- O valor mediano dos T3 desceu 2 euros, para 1.400 euros/m2.
No seu conjunto, estas tipologias representaram 78,6% das avaliações de apartamentos realizadas em outubro, adianta o instituto.
Moradias valem 1.142 euros/m2 para os bancos
Relativamente às moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.142 euros/m2 em Outubro, um valor 13,1% superior quando comparado com o mesmo mês do ano passado.
“Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (2.079 euros/m2) e na AML (2.009 euros/m2), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (927 euros/m2 e 937 euros/m2, respectivamente). O Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (25,4%) e o menor ocorreu no Alentejo (9,1%)”, informa o INE.
Na variação em cadeia – em Outubro face a Setembro –, o valor de avaliação aumentou 0,5%, sendo que o Alentejo apresentou o crescimento mais acentuado (3,3%) e a Região Autónoma da Madeira o menor (0,2%).
- O valor mediano das moradias T2 desceu 11 euros, para 1.107 euros/m2;
- O valor mediano das moradias T3 subiu 4 euros, para 1 112 euros/m2;
- O valor mediano das moradias T4 aumentou 11 euros, para 1.238 euros/m2.
No seu conjunto, estas tipologias representaram 87,8% das avaliações de moradias realizadas em outubro, nota o INE.
Número de avaliações bancárias recua há quatro meses seguidos
Destaque ainda para o facto de, em Outubro, terem sido consideradas, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária, 25.600 avaliações – 16.099 apartamentos e 9.501 moradias –, menos 8,6% que no mesmo período do 2021 e menos 22,7% que em maio de 2022, mês em que se registou o máximo da série.
Face a Setembro, realizaram-se menos 234 avaliações bancárias, o que corresponde a um decréscimo de 0,9%. “O número de avaliações bancárias consideradas diminuiu pelo quarto mês consecutivo”, conclui o INE.
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