IMOBILIÁRIO: Pressão sobre a habitação em Portugal deverá prolongar-se até 2027
Tendências que mantêm a pressão na habitação
A situação da habitação em Portugal continua a evidenciar um nível elevado de desequilíbrio entre procura e a oferta, consequência de vários anos de crescimento dos valores no mercado. A habitação tem registado aumentos expressivos, acompanhados por uma disponibilidade limitada de novas construções. Esta combinação contribui para que a habitação se mantenha como um dos temas mais sensíveis na economia portuguesa, com impacto directo nas famílias que procuram soluções adequadas ao seu orçamento.
A evolução recente mostra que a habitação tem sido influenciada por uma forte procura, tanto nacional como internacional, num contexto em que os projectos imobiliários avançam a um ritmo mais lento do que o necessário. Os licenciamentos mantêm-se em níveis reduzidos e o número de habitação concluída não tem sido suficiente para acompanhar o dinamismo do mercado. Esta realidade prolonga a pressão sobre a habitação e torna mais difícil o acesso a opções compatíveis com o rendimento médio das famílias.
A dificuldade em equilibrar a oferta tem levado a que a habitação se torne cada vez mais desafiante, especialmente nos centros urbanos, onde o ritmo de subida dos preços ultrapassa o crescimento dos salários. Esta tendência é mais evidente nas áreas metropolitanas, onde a procura por habitação permanece elevada e a oferta é limitada pela escassez de solo disponível, pelos custos de construção e por processos administrativos demorados. A pressão na habitação é, assim, alimentada por vários factores estruturais que não apresentam sinais de resolução imediata.
Perspectivas para os próximos anos
As previsões indicam que a habitação continuará sob forte tensão até 2027, com projecções que apontam para uma recuperação lenta do investimento no sector. Embora se espere uma melhoria gradual, o ritmo previsto não será suficiente para corrigir rapidamente o desequilíbrio que afeta a habitação. A escassez de novas iniciativas, aliada ao tempo necessário para que os projectos se concretizem, mantém as restrições actuais e prolonga o impacto no mercado.
A habitação enfrenta ainda o desafio de acompanhar a evolução demográfica e as mudanças nas necessidades residenciais. As famílias procuram soluções mais flexíveis, eficientes e acessíveis, mas a capacidade de resposta do mercado permanece reduzida. A pressão sobre a habitação resulta também da concentração populacional em áreas específicas, reforçando as disparidades entre regiões e gerando dificuldades adicionais para quem procura alternativas mais económicas.
Com a combinação de procura elevada, oferta insuficiente e ritmos de construção historicamente baixos, a habitação deverá permanecer num cenário de tensão prolongada. A expectativa é que o mercado continue pressionado até 2026 ou 2027, mantendo a tendência de crescimento dos preços e dificultando o acesso a soluções adequadas. A habitação continuará, por isso, a exigir atenção permanente e medidas estruturais que permitam um equilíbrio mais sustentável no futuro próximo.
Contactos: +351 913 335 560 / nuno.garrido@casaviva.pt / @nuno_miguelgarrido
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