IMOBILIÁRIO: Municípios com preços mais altos afastam famílias de arrendar casa



Em Portugal, existem casas para arrendar para vários preços e orçamentos, que variam (muito) consoante a localização dos imóveis. Mas quanto maior for o valor das rendas das casas, menos interesse desperta às famílias. É isso mesmo que mostram os dados mais recentes da plataforma Idealista: os municípios mais caros para arrendar casa estão entre os menos procurados no final de 2024. É o caso de Cascais e Loulé, que apresentam rendas mensais superiores a 2.000 euros.

Dos 88 municípios com, pelo menos, 35 casas para arrendar anunciadas no idealista no final de 2024, contam-se 18 com custos medianos superiores a 1.500 euros por mês. A maioria destes concelhos mais caros está entre os menos procurados pelas famílias que ponderam arrendar uma habitação. 

É Cascais, no distrito de Lisboa, o município mais caro de todos para arrendar casa (2.970 euros/mês), estando no fundo da lista da procura (80.º lugar). O mesmo se passa com Loulé, em Faro: o custo do arrendamento mediano chega aos 2.166 euros, tornando este num dos municípios que despertam menos interesse (está na 65.ª posição no ranking da procura), indicam os mesmos dados.

Em destaque está também Faro, o terceiro município mais caro para arrendar casa (1.986 euros/mês), que está na 36.ª posição no top da procura. E ainda Lisboa, que apresenta a quinta renda mediana mais elevada (1.907 euros/m2), acabando no meio da lista dos concelhos mais procurados para arrendar uma habitação (na 46.º posição em concreto).

Estes dados sugerem, assim, que os municípios que têm as rendas mais elevadas do país acabam por afastar as famílias que procuram um novo lar para arrendar. Até porque é preciso um elevado poder de compra para fazer face às despesas com a casa sem que a taxa de esforço dispare além do nível recomendado (a renda não deve pesar mais de 33% do rendimento familiar). 

Por outro lado, cerca de metade dos 31 municípios que apresentam rendas das casas inferiores a 1.000 mensais, estão entre os concelhos mais procurados para arrendar casa.

A procura nos municípios mais caros para arrendar casa

Dados do 4.º trimestre de 2024

Preços das casas medianos (euros/mês)







Quais são os 50 municípios mais procurados para arrendar casa?
As primeiras sete posições do ranking que reúne os 50 municípios mais procurados para arrendar casa em Portugal são ocupadas por concelhos periféricos a Lisboa. O que despertou mais interesse às famílias foi a Moita (com rendas medianas em cerca de 1.100 euros/mês), seguido pelo Barreiro, Amadora, Sintra, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira. Ainda no top 10 está o concelho do Seixal, ocupando a nona posição. Recorde-se que o próprio concelho da capital está no fundo da lista da procura.

Valongo é o município mais procurado para arrendar casa entre os 7 territórios do distrito do Porto que aparecem neste ranking (está na 8.ª posição, com rendas medianas nos 901 euros mensais). Já o município da Invicta está fora deste top50, com as rendas a atingir o custo mediano de 1.327 euros. 

Portanto, os dados sugerem que a tendência de procurar casas para arrendar nas periferias dos centros urbanos de Lisboa e do Porto veio para ficar. E há uma explicação simples: nestas zonas as rendas das casas tendem a ser mais baixas do que nas duas maiores cidades do país, embora estejam elevadas por efeito contágio. 

Quando se desce no ranking dos 50 municípios mais procurados para arrendar casa, verifica-se que as localizações se vão diversificando para outros territórios do país, como Aveiro, Braga, Faro, Leiria, Santarém, Vila Real, Castelo Branco, Évora e a ilha de São Miguel (Açores). No fundo da lista estão os municípios de Évora, Póvoa de Varzim e Barcelos.

Arrendar casa em Portugal: os 50 municípios mais procurados

Dados do 4.º trimestre de 2024





Metodologia

Calculámos o ranking dos municípios mais procurados durante o quarto trimestre de 2024, entre os que apresentaram uma oferta igual ou superior a 35 anúncios de casas para arrendar no idealista (o Marketplace imobiliário do sul da Europa). Depois, foram também analisados os preços medianos dos 50 municípios mais procurados para arrendar casa em Portugal.

Utilizando os dados de comportamento dos utilizadores do Idealista, recolhemos o indicador de pressão da procura relativa sobre a oferta. Este indicador baseia-se no número de ‘leads’ (contactos por email, apresentação de ofertas e imóveis guardados em favoritos) recebidos por anúncio no idealista. Por um lado, os ‘leads’ mostram a procura de habitação por parte dos utilizadores. Por outro lado, o número de anúncios mede a oferta habitacional disponível no portal. Desta forma, o indicador sintetiza a pressão da procura de casas para arrendar sobre a oferta em cada município de Portugal, servindo, assim, para medir situações de aquecimento ou arrefecimento do mercado quando a procura relativa é mais alta ou baixa, respectivamente.

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