ECONOMIA: PIB português cresceu 2,3% em 2023 e evitou recessão no 4º trimestre

A economia portuguesa cresceu 2,3% no ano passado e 2,2% no quarto trimestre em termos homólogos, divulgou esta Quinta-feira (29 de Fevereiro de 2024) o Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando os dados da estimativa rápida do final de janeiro. Já em cadeia (face ao trimestre anterior), o INE também confirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 0,8% no último trimestre de 2023, escapando à recessão técnica (dois trimestres seguidos de contração).

Segundo o instituto de estatística, para a variação homóloga do PIB, em volume, de 2,2% no último trimestre (tinha aumentado 1,9% no anterior) contou o contributo da procura interna e a aceleração do consumo privado, enquanto houve uma desaceleração do investimento. Também o contributo da procura externa líquida passou a positivo (depois de ser negativo no trimestre anterior), com as exportações de bens e serviços a apresentarem um crescimento mais intenso do que as importações.

Quanto à variação em cadeia do PIB em 0,8% (tinha diminuído 0,2% em cadeia no trimestre anterior) contribuiu a procura interna que foi superior ao registado no trimestre precedente, enquanto o contributo da procura externa manteve-se negativo, ainda que menos intenso que no terceiro trimestre.

Para o conjunto do ano passado, em que o PIB cresceu 2,3% em volume (em 2022 tinha crescido 6,8%, o mais elevado desde 1987), contribuiu a procura interna embora num nível inferior a 2022, tendo havido ainda em 2023 uma desaceleração do consumo privado e do investimento.

Em termos nominais, o PIB aumentou 9,7% em 2023 para cerca de 266 mil milhões de euros, revelou o INE.

Na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o Ministério das Finanças apontou para um crescimento da economia portuguesa de 2,2% em 2023, tal como o Conselho das Finanças Públicas, a Comissão Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) previa uma taxa de 2,3% e o Banco de Portugal (BdP) de 2,1%.

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